PIB de Pernambuco cresce 1,6% no 1º trimestre de 2021
09.06.2021

No primeiro trimestre de 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco a preços de mercado apresentou crescimento de 1,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, enquanto a economia nacional registrou um aumento de 1,0% no mesmo comparativo. Os dados foram divulgados pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, Condepe/Fidem, nesta segunda-feira (07). Em termos de valores correntes, a economia pernambucana agregou R$ 58 bilhões nos primeiros três meses deste ano.

 
Este desempenho decorreu do comportamento dos três grandes setores econômicos. Os números da Agropecuária (14,2 %) e da Indústria (6,7 %) influenciaram positivamente o resultado do PIB-PE. Já o setor de Serviços, que vem se recuperando lentamente, registrou uma pequena queda -0,4%.
 
A presidente da Agência Condepe/Fidem, Sheilla Pincovsky, chamou a atenção para o peso do setor de Serviços na composição da economia pernambucana. Segundo ela, este setor preocupa por ser o mais afetado pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus e é o que mais impacta diretamente no consumo das famílias e nos índices econômicos. “O peso do setor na economia local é grande, pois é nele que se concentram os segmentos econômicos mais afetados, a exemplo do turismo e entretenimento”, disse. Outro ponto que, segundo a presidente, impactou a economia do 1º trimestre foi a retirada, pelo Governo Federal, do auxílio emergencial, que só voltou a ser pago no mês de abril: “Sem o auxílio, as famílias perderam capacidade de consumo de itens básicos e isso afetou todas as cadeias produtivas”.
 
Para o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, Tomé Franca, a projeção para a economia do estado nos próximos meses é de que o ritmo seja mantido. “Os números mostram que Pernambuco, mesmo diante das adversidades colocadas pela pandemia do novo coronavírus, é capaz de manter o crescimento econômico. A avaliação da Condepe/Fidem nos mostra uma tendência de recuperação ao longo deste ano a partir da retomada gradual e segura de algumas atividades”, declarou o secretário. “O estado encara o desafio do reaquecimento econômico com muita responsabilidade e contando, sobretudo, com a colaboração da sociedade no enfrentamento da pandemia para que possamos atravessar de forma mais rápida esse momento difícil de restrições”, finalizou.
 
Dados – O diretor de estudos e pesquisas da agência, Maurílio Lima, destrinchou os dados referentes aos três setores econômicos. Em relação ao 1º trimestre de 2021, o setor agropecuário apresentou variação de 14,2%. Destaque para a produção das chamadas lavouras temporárias com um avanço de 17,5% nas culturas de melão, milho verde, batata-doce e feijão. Na pecuária, o crescimento foi de 6,1%, destaque para a avicultura de corte.
 
Os três ramos industriais tiveram resultados positivos. A indústria da transformação (7,1%); a construção civil ficou com 7,9% e a produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana, 4,0%. Apesar do decréscimo de -0,4%, o setor de Serviços, registrou comportamento positivo no desempenho do comércio (2,6%), transportes (2,6%), atividades imobiliárias e aluguéis (1,5%), administração, saúde e educação públicas (0,2%).
 
Voltar